Há tempos em nossa
vida que contam de forma diferente. Há semanas que duram anos, como há anos que não contam um dia. Há
paixões que foram eternas. Como há amigos que passaram célebres, apesar
do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não
realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje
esperam o desfecho. Há trabalhos
que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste
em contá-los como semanas. E há casamentos que, ao olhar pra trás mal
preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que
nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos
lembranças de horas. Há eventos que
marcaram, e que duram para sempre.O nascimento de um filho, a morte da avó, a
viagem inesquecível, o extâse do sonho realizado. Eles têm a duração que
nos ensina o significado da palavra "eternidade".
Já viajei
para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo
transcorrido foi o mesmo. Mas conforme meu espírito,
houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem lembro de
ter feito, tão feliz estava na ocasião.
O relógio do
coração hoje descubro bate noutra frequência daqule que carrego no pulso.Marca
um tempo diferente, de emoções que penduram e que mostram o verdadeiro tempo da
gente. Por este
relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo no mundo. é
olhar as rugas e não perceber a maturidade. É pensar antes daquilo que
não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com lembranças do que viveu.
Pense nisso e
consulte sempre o relógio do coração ele lhe mostrará o verdadeiro tempo no
mundo.
Autor: Mário Quintana.
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