segunda-feira, 28 de julho de 2014

Passagem

É noite...o silêncio é enorme.Estou deitado no meu quarto de solidão. Nesse instante, sinto o  meu corpo inteiro tremer. Lentamente de mim ela se aproxima;sinto-me como uma simples e frágil criança que pela primeira vez abandona os braços da mãe.Fitando-me nos olhos,ela continua a aproximar-se.Com a voz já rouca balbucio algumas palavras sem sentido.Levanto um pouco a cabeça,contemplo pela janela o céu infinito,e rogo perdão a Deus pelos meus pecados. Ensaio um sorriso nos meus lábios então secos,recordo-me da amada que nunca tive,e reflito sobre tudo aquilo que fiz e deixei de fazer.E chego a conclusão,de que embora  não tenha realizado todos os meus sonhos,vejo que apesar de tudo não me encontro triste...mesmo estando à beira da morte.


prof.:Roberto Calazans

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