É noite...o silêncio é enorme.Estou
deitado no meu quarto de solidão. Nesse instante, sinto o meu corpo inteiro tremer. Lentamente de mim
ela se aproxima;sinto-me como uma simples e frágil criança que pela primeira
vez abandona os braços da mãe.Fitando-me nos olhos,ela continua a aproximar-se.Com
a voz já rouca balbucio algumas palavras sem sentido.Levanto um pouco a cabeça,contemplo
pela janela o céu infinito,e rogo perdão a Deus pelos meus pecados. Ensaio um
sorriso nos meus lábios então secos,recordo-me da amada que nunca tive,e
reflito sobre tudo aquilo que fiz e deixei de fazer.E chego a conclusão,de que
embora não tenha realizado todos os meus
sonhos,vejo que apesar de tudo não me encontro triste...mesmo estando à beira
da morte.
prof.:Roberto Calazans