terça-feira, 5 de abril de 2011

Texto de Comunicação e Expressão

               

Em um determinado país, regido pelo Sistema Socialista, havia um efetivo favorecimento à natalidade. Necessitando de mão-de-obra, o governo decretara uma lei que obrigava aos casais terem um certo número de filhos; previa também uma tolerância de cinco anos, no fim dos quais, o casal teria de ter pelo menos um filho. Aos casais que não conseguissem, no fim do prazo, um filho, o governo destacaria um(a) agente “auxiliar” para que o menino fosse dado à luz.

E assim, tivemos este diálogo entre um casal:

Mulher   Querido, hoje completamos cinco anos de casados.

Marido   É, e infelizmente não tivemos nenhum filho.

Mulher    Será que eles vão mandar o tal agente?

Marido    Não sei ... talvez mandem.

Mulher   E se ele vier?

Marido   Bem, eu não posso fazer nada.

Mulher   Eu muito menos ainda.

                 Marido   Vou sair agora, pois estou atrasado para o trabalho. (logo após a saída do marido, batem à porta. A mulher corre a abri-la e encontra um homem a sua espera. Tratava-se de um fotógrafo que errara o endereço ao qual devia atender).

Fotógrafobom dia!, eu sou...

Mulher   AH! ... pode entrar.

FotógrafoSeu esposo está casa?

Mulher   Não, ele já foi trabalhar.

FotógrafoPresumo que ele esteja a par.

Mulher   Sim, ele está a par, e também concorda.

FotógrafoÓtimo. Então vamos começar.

Mulher    Mas já? Assim tão rápido?

FotógrafoSim, preciso ser breve, pois ainda tenho 16 casas para visitar.


Mulher    Deus do céu! O senhor agüenta?

Fotógrafo – Sim, pois gosto muito do meu trabalho, e ademais, ele me dá muito prazer.

Mulher    Se é assim, então vamos começar. Como faremos?

Fotógrafo Permita-me sugerir: que tal uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá, uma no corredor e uma no banheiro.

Mulher   Nossa Senhora! O senhor não está exagerando?

Fotógrafo Bem,... na primeira tentativa pode-se acertar na mosca.

Mulher   O senhor já visitou alguma casa neste bairro?

Fotógrafo Não, mas tenho aqui comigo algumas amostras do meu trabalho (mostrando fotografias de crianças). Não são lindas?

Mulher   Como são lindas! O senhor mesmo as fez?

Fotógrafo Sim, veja esta aqui por exemplo (mostrando uma foto). Foi feita na porta de um supermercado.

Mulher    Que horror! O senhor não acha o local muito público?

Fotógrafo Claro que sim, mas a mãe era artista de cinema e queria muita publicidade.

Mulher     Eu não teria coragem de fazer isso.

Fotógrafo (mostrando outra foto) – Esta aqui foi feita em cima de um ônibus.

Mulher    Mãe de Deus!

Fotógrafo Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.

Mulher   Eu imagino.

Fotógrafo (mostrando mais uma foto) – Esta foi feita em um parque de diversões em pleno inverno.

Mulher    Cruz Credo!, como o senhor conseguiu?

Fotógrafo Não foi fácil. Como se não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em nossa volta. Quase não consigo acabar.

Mulher    Ainda bem que sou discreta e não quero ninguém nos olhando.

Fotógrafo Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se a senhora me der licença, vou armar o tripé.

Mulher    Tripé!...  Tripé para que?

Fotógrafo Bem madame, é necessário, pois o meu aparelho além de pesado, depois de armado mede um metro.

A mulher desmaiou.

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